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Fuzileiro é mantido como “refém” na Índia, acusa Itália

A Itália acusou a Justiça da Índia de manter um dos dois  fuzileiros italianos presos no país como um "refém" durante o primeiro dia de julgamento no Tribunal Internacional do Direito do Mar, em Hamburgo, sobre a prisão dos militares.

 

Salvatore Girone, que está em um presídio de Nova Déli, e Massimiliano Latorre, que está em tratamento médico em Milão, são acusados de matar dois pescadores na costa marítima indiana em 15 de fevereiro de 2012.

 

Segundo o documento apresentado pelo embaixador Francesco Azzarello, os indianos "violam os direitos fundamentais" dos dois italianos e mantém um como "refém" e outro ficaria "em risco" se voltasse. Para o governo italiano, os dois "não foram ainda acusados de nenhum crime" pela Justiça indiana e a mesma "despreza um processo justo" para ambos.

 

"Itália e Índia são países, tradicionalmente, amigos. Mas, o incidente do dia 15 de fevereiro de 2012 infelizmente causou uma controvérsia jurídica complexa, difícil e extremamente delicada. Desejamos que o confronto jurídico se mantenha nos binários da correção e da verdade", afirmou Azzarello.

 

Por sua vez, a Índia rebateu que Girone esteja sendo desrespeitado, dizendo que os comentários do embaixador são "inapropriados e ofensivos". O processo segue pelos próximos dois dias na Alemanha e um veredicto sobre o caso deve ser anunciado em até três semanas.

 

O caso dos dois fuzileiros teve diversos capítulos e possui muitas controvérsias. Os militares italianos sempre afirmaram que mataram os dois homens porque eles tentaram invadir o barco em que estavam para saqueá-lo. Segundo eles, a ação foi em legítima defesa. Já os indianos dizem que os pescadores estavam em seus barcos no momento do crime.

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