A Corte Suprema da Índia não concedeu a liberdade provisória para os fuzileiros navais italianos Massimiliano Latorre e Salvatore Girone.
Os militares são acusados de matarem dois pescadores locais no início de 2012 e haviam feito o pedido, no caso de Latorre, para continuar um tratamento médico na Itália e, no caso de Girone, para encontrar seus familiares durante as festividades de Natal.
Segundo fontes da ANSA, a audiência contou com três juízes e o presidente da Corte. Este último estava em desacordo com os pedidos e formulou inúmeras objeções para a saída de ambos do país.
Em uma breve intervenção, o magistrado que representava o governo havia se manifestado sua não contrariedade em conceder uma extensão de permanência na Itália para Latorre. O fuzileiro, que está fazendo um tratamento médico desde setembro após sentir um mal estar na prisão, precisa retornar em janeiro para a Índia. Ele apresenta sintomas de isquemia cerebral e problemas cardíacos e, por isso, precisará passar por uma cirurgia no coração no dia 8 de janeiro.
Mas, os magistrados afirmaram que não concederam a liberdade provisória porque é "preciso respeitar o sistema legal indiano", pois caso a Corte concedesse o benefício, "seria preciso fazer isso para todos os indianos acusados de algo". Eles ainda concluíram dizendo que "as vítimas também têm seus direitos".
Atualmente, o procedimento penal contra os fuzileiros está suspenso por ordem da própria Corte, que, em março passado, admitiu um recurso sobre a falta de competência da polícia antiterrorismo local para conduzir as investigações.
O caso em que os fuzileiros estão envolvidos ocorreu em 12 de fevereiro de 2012, quando eles estavam em serviço a bordo de um navio petroleiro. O incidente aconteceu em águas internacionais, perto do estado de Kerala, e os réus justificam a ação afirmando que estavam defendendo a embarcação de um ataque pirata.
