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GASTRONOMIA: “Azeite de oliva extravirgem” nascia há 50 anos na Itália

O "azeite de oliva extravirgem", o mais valioso do seu gênero, resultante da primeira prensagem das azeitonas por pressão mecânica e com uma taxa baixíssima de acidez, nascia há 50 anos na Itália.

Define-se extravirgem todo azeite obtido da primeira prensagem das azeitonas por processos mecânicos, sem recorrer a processos ou substâncias químicas e em condições que não causem alterações ao azeite. Nesta variedade, a acidez livre expressada no ácido oléico, não deve superar 0,8%.

Para obter o azeite extravirgem só se utilizam azeitonas frescas, colhidas e espremidas, que não tenham passado por nenhum tratamento além da lavagem, da separação das folhas, da centrifugação e da filtragem.

A reconhecida qualidade dos azeites extravirgens é o resultado de dois testes: primeiro o da análise químico-física para determinar a composição real em termos de gordura e acidez; e depois o teste organoléptico, que considera o azeite a partir de suas características visuais, olfativas e palatáveis.

Azeites deste tipo sempre existiram, mas só em 1960, com a lei 1407, passaram a ser cunhados com o termo "azeite extravirgem de oliva", que posteriormente trouxe muita fortuna ao azeite italiano no exterior, até se tornar um de seus ícones.

"Representa uma cultura, uma tradição enraizada no território que graças ao sábio trabalho de nossos agricultores, é a excelência da indústria agroalimentícia italiana, apreciado e procurado em todo o mundo", disse o presidente da Confederação Italiana de Agricultores, Giuseppe Politi.

Politi destacou que "graças à lei introduzida em 1960, nossas produções de qualidade foram conquistando os mercados internacionais e valorizando as atividades de uma inifinidade de produtores".

A seu tempo, a lei 1407 provocou inúmeras controvérsias mas atualmente todos concordam que o seu efeito foi muito positivo, porque começou a atrair a atenção para o azeite de oliva que estava relegado a uma espécie de nicho. Desde então, mudou todo o perfil de um setor produtivo.

"Nestes anos, acrescentou Politi, os passos dados foram muitos e significativos. O azeite extravirgem de oliva entrou com prepotência na alimentação dos italianos e se afirmou em muitos mercados mundiais, inclusive onde era quase desconhecido".

Outra contribuição foi "a introdução do selo que certifica sua origem, que permitiu preservar e promover as produções italianas e proteger os consumidores com uma informação mais clara e transparente", acrescentou.

A Itália, depois da Espanha, é o segundo produtor europeo de azeite de oliva, com mais de 500 mil toneladas – extraídas de 250 milhões de plantas, dois terços das quais são da variedade extravirgem, incluindo o orgânico. No total, a produção italiana de azeite de oliva gera € 2.200 milhões anuais.

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