Notícias

Giorgio Napolitano se nega a firmar decreto do governo para enfrentar a crise do lixo em Nápoles

O presidente da República Italiana, Giorgio Napolitano, se recusou a firmar o decreto aprovado há seis dias pelo governo de Silvio Berlusconi para enfrentar a crise da coleta do lixo em Nápoles e em toda a região da Campania, informaram fontes do Executivo.

O decreto, tem quatro artigos e não fala da "emergência" mas de uma "situação muito crítica", diante da qual é preciso definir "medidas urgentes" para garantir a coleta do lixo.

Segundo as fontes, os assessores jurídicos de Napolitano destacaram que o texto contém falhas, como a falta de alternativas definidas aos três aterros sanitários, cujo fechamento é ordenado pelo decreto, em Vitiello a Terzigno, Valle della Masseria a Serre e Andretta. 

O presidente italiano também pediu ao governo para explicar como as medidas tomadas podem ter um efeito positivo imediato, frente a uma situação que segundo afirma o Executivo merece "medidas urgentes".

O texto, sempre segundo as mesmas fontes, cria problemas ao prorrogar até 31 de dezembro de 2011 a possibilidade dos municípios gerenciarem a coleta e o transporte do lixo, quando uma lei aprovada anteriormente estabelecia que seria a província de Nápoles a responsável pela questão, a partir de 31 de dezembro.

"Atualmente, as ruas de Nápoles estão cobertas por cerca de 3 mil toneladas de lixo, às quais se somam outras 8 mil toneladas distribuídas no território da Campania: isto não pode continuar assim", disse um grupo de 106 senadores, que anunciaram que apresentarão uma interpelação sobre a questão ao ministro da Saúde Pública, Ferruccio Fazio. (ANSA)

Mostrar mais

Artigos relacionados

Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios