
Com a decisão do governo da Itália de não decretar um segundo lockdown de âmbito nacional, as administrações regionais resolveram apostar no toque de recolher para conter a pandemia do novo coronavírus.
Mais de um terço da população da Itália será submetida a proibições de circulação noturna nas três regiões mais populosas do país.
A Lombardia, com 10 milhões de habitantes e epicentro da pandemia em solo italiano, instituiu toque de recolher. Já a Campânia, com 5,8 milhões de moradores e que havia sido relativamente poupada na “primeira onda” da crise, iniciou a medida.
O governo do Lazio, que tem 5,9 milhões de habitantes, também adotou o toque de recolher. Em todos os casos, a restrição à circulação valerá das 23 às 5h da manhã do dia seguinte.
Isso significa que as três cidades mais populosas da Itália – Roma, Milão e Nápoles, capitais do Lazio, da Lombardia e da Campânia, respectivamente – terão toque de recolher para conter o novo coronavírus.
O objetivo é proibir a circulação de pessoas e veículos durante a madrugada e combater aglomerações em bares e festas, que estão proibidas. Só será permitido sair à rua para deslocamentos por motivos de trabalho ou urgentes.
Na Lombardia, única região que já divulgou as diretrizes do toque de recolher, quem violar a norma estará sujeito a multas de 400 a mil euros (de R$ 2,7 mil a R$ 6,6 mil, pela cotação atual).
“O toque de recolher não é uma ideia maluca, mas está claro que vai atingir uma parte do comércio”, comentou o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, que cobrou ajuda do governo nacional para os setores afetados.
Já a Confesercenti, associação que reúne representantes de bares e restaurantes, afirmou que esse mercado precisa de ajudas econômicas “rápidas e adequadas” para evitar a “morte” de estabelecimentos