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TIM apresenta resultados e divulga nova estratégia

Em meio a rumores de uma eventual fusão com a Oi, a TIM Brasil apresentou seus resultados do terceiro trimestre de 2015, no qual teve uma queda de 50,5% no lucro líquido em relação ao mesmo período de 2014.

 

Ainda assim, entre julho e setembro, a empresa lucrou R$ 172 milhões, fechando seu balanço trimestral no azul. Se considerados os nove primeiros meses do ano, o número chega a R$ 776 milhões (-28,6%). No entanto, esses indicadores não levam em conta as duas primeiras fases da venda de torres da TIM para a American Tower. Até o momento, a subsidiária da Telecom Italia repassou cerca de 5,3 mil estruturas por um valor de R$ 2,4 bilhões.

 

No terceiro trimestre, a operadora também registrou queda de 15% na receita líquida, que ficou em R$ 4,1 bilhões. No mesmo período do ano passado, o indicador havia fechado em R$ 4,8 bilhões. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) sofreu uma ligeira retração de 2,7%, atingindo R$ 1,3 bilhão.

 

Na apresentação dos resultados, a TIM ressaltou o cenário atual enfrentado pela economia brasileira, com queda na confiança do consumidor, crescimento do desemprego e alta no câmbio. A operadora também anunciou uma mudança em seu portfólio de telefonia móvel para se adaptar à crescente importância dos serviços de dados em relação aos de voz e lutar para ser o primeiro e único chip dos consumidores.

 

Segundo o presidente da companhia, Rodrigo Abreu, o mercado caminha para um cenário onde os múltiplos SIM cards vão desaparecer. Para isso, a TIM Brasil terá três novos planos (pré-pago, controle e pós-pago) a preços competitivos e incluindo minutos definidos de ligações (locais e de longa distância) e SMS para todas as operadoras e pacote de dados.

 

"A principal expectativa com o novo plano é atrair os usuários com vários SIM cards e fazer com que eles concentrem seus gastos na TIM", explicou Abreu. O executivo também reiterou que até o momento não recebeu nenhuma oferta da Oi e que o programa de investimentos de sua empresa não depende de consolidações no Brasil.

 

No mês passado, a própria Oi anunciou que o fundo russo Letter One estava disposto a aportar US$ 4 bilhões para financiar a incorporação da TIM. "O plano independe de consolidações, até porque a empresa é hoje uma das que apresentam os melhores índices de saúde financeira do mercado brasileiro", acrescentou.

 

Contudo, ele ressaltou que a operadora está "observando o mercado" e o que "está acontecendo em relação a oportunidades de negócios". "Se existirem oportunidades que tenham potencial de gerar mais valor para a empresa, elas serão analisadas. Não é o caso no momento. O que temos é o anúncio de uma potencial proposta", disse.

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