O governo de Mario Monti confirmou o segredo de Estado no caso do sequestro do imane Abu Omar, em 2003. A defesa do ex-número dois do Serviço de Inteligência e Segurança Militar (Sismi), Marco Mancini, pediu que o primeiro-ministro fosse ouvido como testemunha.
A defesa pede que Monti seja ouvido como parte da defesa após ter enviado uma carta a Mancini onde confirma o segredo de Estado do sequestro.
Os advogados do acusado pedem que Monti fale "sobre os resultados das investigações, indicados na carta enviada a Mancini, e quaisquer conclusões que podem também se relacionar em respeito às acusações".
Também foi pedido que os juízes ouvissem outras autoridades que podem estar envolvidas no caso e é provável que os juízes entrem em sessão fechada em todos os pedidos, incluindo o envio de documentos para o conselho.
Abu Omar foi sequestrado em 2003 em Milão por agentes da CIA (inteligência dos Estados Unidos) quando saía de sua casa e foi levado ao Egito, onde foi preso e sofreu torturas, segundo o próprio denunciou após ser libertado no começo de 2007.
Mancini é acusado de participar do sequestro junto com outros membros do Sismi.
