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Governo italiano exige posição comum da União Europeia em crise no Iraque

A ministra italiana das Relações Exteriores, Federica Mogherini, afirmou que a União Europeia (UE) precisa discutir uma posição comum em relação à intervenção no Iraque e a um possível envio de armas à população curda.

"É necessária uma discussão e uma posição única da UE. Os curdos, neste momento, precisam de apoio. Devemos encontrar as formas corretas de fazer isso, com o envolvimento direto do governo de Bagdá", comentou a chanceler, em Bruxelas.

A italiana destacou também que espera que o novo governo do Iraque seja formado nos próximos dias, "e não em semanas". "A notícia da renúncia de Maliki é positiva. Devemos colocar toda a pressão política possível para a formação de um novo governo em Bagdá e, com ele, reforçar a liderança autônoma do Curdistão", disse.

Após resistir durante alguns dias, o primeiro-ministro do Iraque, Nuri al Maliki, decidiu renunciar ao cargo e declarar apoio a Haider al Abadi, que foi encarregado de formar um novo governo pelo presidente Fuad Masum. O anúncio foi feito por meio de um discurso televisivo pelo premier.

De orientação xiita, Maliki vinha sendo pressionado para abrir mão da possibilidade de um terceiro mandato, já que muitos o acusam de ter uma parcela de responsabilidade nos recentes conflitos no país, ao dar pouco espaço para os sunitas em sua administração.

Atualmente, o Iraque enfrenta uma grave crise política e uma onda de violência causada pelo avanço do grupo de jihadistas sunitas Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Isis, na sigla em inglês). Os rebeldes têm ameaçado a estabilidade do país e dominado áreas entre o Iraque e a Síria.

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