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GRAVE CRISE ECONÔMICA: Europa vai adiante com união fiscal e isola britânicos

A Europa ficou dividida em uma rixa histórica nesta sexta-feira sobre o estabelecimento de uma união fiscal para preservar o euro, com a grande maioria dos países, liderados por Alemanha e França, concordando em ir adiante com um tratado separado, deixando a Grã-Bretanha isolada.

Vinte e três dos 27 líderes da União Europeia concordaram em buscar uma integração maior, com regras orçamentárias mais duras para a zona do euro, mas a Grã-Bretanha disse que não pode aceitar as emendas propostas ao tratado da UE, após falhar em conseguir concessões para si.

Após 10 horas de reuniões, todos os 17 membros da zona do euro e seis países que pretendem se unir ao bloco resolveram negociar um novo acordo, ao lado do tratado da UE, com um regime mais duro de déficit e dívida para proteger as economias da crise da dívida.

"Não a Europa, os britânicos é que divergiram. E eles estão fora da tomada de decisões. A Europa está unida", disse a presidente da Lituânia, Dalia Grybauskaite, ao chegar para o segundo dia da oitava cúpula emergencial da UE neste ano.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, classificou a decisão como um passo adiante para regras orçamentárias mais rígidas que, segundo ele, são necessárias se a união monetária de 17 nações quiser sair mais forte dos dois anos de turbulências de mercado.

"Isso será a base para um bom pacto fiscal e para mais disciplina na política econômica dos membros da área do euro", disse Draghi.

"Nós chegamos a conclusões que terão de ser mais concretizadas nos próximos dias."

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse estar muito satisfeita com as decisões. O mundo verá que a Europa aprendeu com seus erros, disse ela.

Merkel, líder de maior poder na Europa, disse que não desistiu da esperança de que a Grã-Bretanha concordará eventualmente em mudar o tratado da UE para ancorar uma disciplina fiscal mais dura.  

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