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Intervenção da Itália na Líbia

A decisão da Itália de participar das operações militares na Líbia é o "desenvolvimento natural" da posição de Roma, as ações são fundamentais para a proteção dos civis, frisou hoje o chanceler Franco Frattini.

O ministro, em audiência perante as comissões de Relações Exteriores e da Defesa das duas câmaras do Parlamento, disse que "excluindo a ação em terra, temos as alternativas das operações aéreas contra os tanques de Muammar Kadafi, ou permitirmos a matança de centenas – talvez milhares de civis".

O ministro italiano das Relações Exteriores disse que as operações da coalizão internacional reduziram em "mais de um terço" a capacidade militar das tropas de Kadafi e neutralizaram seus recursos militares aéreos. 

ITÁLIA GARANTE PROTEÇÃO DE CIVIS EM BOMBARDEIOS NA LÍBIA

O ministro italiano da Defesa, Ignazio La Russa, garantiu que os aviões do país só atacarão "objetivos claramente militares" na Líbia. Segundo ele, o risco de atingir algum civil é algo que já "existia", porque, até agora, os caças italianos davam cobertura às aeronaves de outros países que realizam bombardeios.

"Participar de uma missão com a função de cobrir aqueles que utilizam mísseis não é eticamente diferente do que faremos a partir de agora", disse La Russa, em um pronunciamento no Parlamento italiano. 

Por sua vez, o ministro Frattini destacou que a decisão da Itália de bombardear a Líbia não significa "nenhuma revolução ou mudança de posição". De acordo com o chanceler, desde o início da crise política na Líbia, a Itália tem apoiado ações para proteger a população civil e reconhecer o Conselho Nacional de Transição (CNT), formado por rebeldes. 

Há dois dias, Roma anunciou que concordava com as ações militares contra alvos previamente definidos das forças de segurança do ditador líbio. 

La Russa também informou que "em alguns dias" serão enviados 10 instrutores militares italianos para a Líbia. Eles integrarão um grupo com oficiais ingleses e franceses, com o objetivo de treinar os rebeldes. 

De acordo com o chanceler italiano, os rebeldes líbios estimam que as tropas de Kadafi já provocaram a morte de mais de 10 mil pessoas. "Não podemos confirmar este número, mas achamos que não está muito longe da realidade", disse o diplomata. (ANSA)

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