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Israel critica rapper que pediu “fim de genocídio” no Festival de Sanremo

O embaixador de Israel na Itália, Alon Bar, criticou o Festival de Sanremo por ter permitido que um dos competidores, o rapper Ghali, pedisse o “fim do genocídio” na Faixa de Gaza durante a última noite do evento.

“Acho vergonhoso que o palco do Festival de Sanremo tenha sido explorado para difundir o ódio e provocações de modo superficial e irresponsável”, escreveu o diplomata no X (antigo Twitter).

“No massacre de 7 de outubro, entre as 1,2 mil vítimas havia mais de 360 jovens massacrados e violentados no Nova Music Festival. Outros 40 deles foram sequestrados e ainda estão nas mãos de terroristas”, disse.

Em resposta, Ghali, que é italiano nascido em Milão, mas filho de pais da Tunísia, nação árabe do norte da África, rebateu que aborda “esses assuntos” desde que era criança, “e não desde 7 de outubro”.

“Para que outra coisa eu deveria ter usado o palco? O fato de que um embaixador fale assim não é bom, continua uma política de terror. As pessoas têm medo de dizer ‘fim à guerra, fim ao genocídio’. Estamos em um momento no qual as pessoas sentem que podem perder alguma coisa por pedir paz”, acrescentou.

Ainda assim, o Roberto Sergio, CEO da emissora Rai, organizadora do Festival de Sanremo, expressou “solidariedade ao povo de Israel e à comunidade judaica”.

Já o ministro das Relações Exteriores e vice-premiê da Itália, Antonio Tajani, afirmou que é “justo” pedir o fim das mortes de civis palestinos, mas que é preciso ressaltar “que há um responsável por tudo o que ocorreu”, o grupo islâmico Hamas, e que “não se pode esquecer as vítimas inocentes israelenses”.

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