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Nas Olimpíadas, Itália é “rainha” da esgrima

Sempre como "caixa-forte" das medalhas olímpicas italianas, a esgrima continua em grande atividade. Os esgrimistas italianos se apresentarão nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro cheios de esperança, mesmo sem algumas peças importantes, como o time completo no florete feminino e no sabre masculino.

Com isso, haverá um pequeno "limite" no quadro de medalhas no esporte, que já conta com 121 medalhas. Desde as Olimpíadas de Estocolmo, em 1912, houve lendas como Nedo Nardi, que conquistou seis medalhas de ouro – cinco delas na edição de 1920. Até hoje, foram ao todo 48 ouros, 40 pratas e 33 bronzes, um recorde excepcional que coroa o esporte como o mais cheio de conquistas olímpicas no esporte italiano.

No entanto, por causa das ausências no florete e no sabre, dificilmente, os atletas italianos conseguirão repetir os bons números de Londres, em 2012 (três ouros, uma prata, um bronze), de Pequim, em 2008 (dois ouros, cinco bronzes), de Atenas, em 2004 (dois ouros, duas pratas, um bronze) ou Sydney, em 2000 (três ouros, dois bronzes). Entre a primeira e a última medalha, há uma passarela feita por grandes nomes da esgrima italiana: das históricas medalhas de ouro de Nardi às 16 medalhas dos irmãos Mangiarotti (13 por Edoardo, maior medalhista da história olímpica na esgrima, e três por Dario), até Valentina Vezzali que tem seis ouros olímpicos, uma prata e dois bronzes, e que anunciou sua aposentadoria no último mês de abril.

As esperanças na Rio 2016 estão confiadas aos talentos de Elisa Di Francisca e Arianna Errigo, que dominaram a final olímpica há quatro anos na Inglaterra, aos incansáveis Aldo Montano e Andrea Cassarà, mas também a Giorgio Avola e Andrea Baldini, campeões olímpicos por equipes em Londres, e a Diego Occhiuzzi, prata individual no sabre em Londres.

Mas, os Jogos Olímpicos ainda proporcionam a revelação de novas estrelas. Nesse quesito, os olhos estão voltados para Rossella Fiamingo, única representante na espada italiana e que chega ao Rio com títulos conquistados em 2014 e 2015. Outro atleta a chamar a atenção é o esgrimista Daniele Garozzo, irmão de outro representante, Enrico, que está na equipe de espada masculina.    Nela, também está o campeão mundial de 2011, Paolo Pizzo.

Surpresas também podem ocorrer no sabre feminino que, pela primeira vez na história, verá a Itália disputar a competição também como equipe. Mas, na estrada para o sonho olímpico, os italianos precisarão enfrentar adversários muito aguerridos e, sobretudo, novas promessas que poderão subir ao pódio.

No sabre, coreanos e iranianos podem entrar na luta pelas medalhas individuais, quebrando a hegemonia de Rússia, Hungria, Itália e Alemanha. Além disso, haverá "clássicos" na competição, como os italianos do florete que enfrentarão os times feminino e masculino da Rússia, que são treinados pelo medalhista italiano Stefano Cerioni.

Quem também voou para Moscou foi Angelo Mazzoni que, depois de ser espadista italiano e treinar Matteo Tagliariol (ouro em Pequim), é hoje o treinador da seleção russa de espada masculina. Fala italiano também o treinador do florete feminino alemão, Andrea Magro, que assumiu o comando da equipe após treinar os italianos para os Jogos de 2008.

Outro grande confronto poderá ocorrer na espada feminina, onde Rossella Fiamingo poderá reencontrar Nathalie Moellhausen, que foi bronze no Mundial em 2010 e campeã mundial em 2009, e que após atuar com os italianos em Londres, optou por defender o Brasil na atual edição das Olimpíadas. (Ansa)

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