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GRAVE CRISE ECONÔMICA: 67% dos italianos cortam gastos com alimentos

Mais um índice negativo para a já combalida economia italiana. O Instituto de Estatísticas Italiano (Istat) divulgou que as vendas em junho não registraram crescimento em relação ao mês de maio. Analisando em relação ao ano, a queda foi de 2,6%.

Baseado nos números divulgados pelo Istat, a Coldiretti (Confederação dos Cultivadores Diretos) chegou à conclusão que dois em cada três italianos (67%) cortam despesas – tanto na qualidade quanto na quantidade – com os alimentos. Pequenos mercados tiveram uma queda recorde nas vendas de -5% e os grandes supermercados e distribuidores de alimentos apresentaram queda de -1,4%.

As dificuldades econômicas, destaca a Coldiretti, obrigaram cerca de três milhões de italianos a cortarem despesas, um aumento de 48% desde quando começou a crise – há 7 anos. Outro dado negativo do Istat é de que os salários em julho não apresentaram aumento em relação a junho. Em relação aos últimos 12 meses, o crescimento foi de apenas 1,1%, o menor aumento anual dos últimos 32 anos.

O Instituto divulgou que esse foi "um balanço negativo sobre muitas frentes para os primeiros seis meses de 2014 para o comércio".

O Instituto havia divulgado que o índice de confiança entre os italianos teve a terceira queda consecutiva no mês de agosto. Os especialistas preveem que os próximos três meses do ano serão ainda piores para o comércio, chamando o período de "outono negro".

Itália tem maior queda de confiança

 

Em agosto, o índice ESI (European Sentiment Indicator), que mede a confiança dos consumidores no comércio da União Europeia, caiu aos níveis de dezembro de 2013. Segundo a comissão da UE, entre os principais países da zona do euro, a Itália foi quem teve a maior contração (queda de 4,1 pontos). A Alemanha teve queda de 1,9 pontos, a França de 0,6 e a Holanda de 0,8.

Crise que dura sete anos

No início de agosto, a Itália entrou em recessão técnica com a divulgação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) do último trimestre. O país vem enfrentando uma séria crise econômica há mais de sete anos e registra recordes constantes de desempregos entre os jovens e adultos.

Atualmente, segundo informações divulgadas pelo próprio Istat, 10 milhões de italianos vivem na pobreza e o desemprego para pessoas abaixo de 40 anos já passa dos 43%, chegando a mais de 50% no sul da Itália. 

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