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FEIRA EM MILÃO: Produtos suíços são uma tentação para os italianos

Quatro representantes do alto artesanato suíço exibem os seus produtos na maior feira do gênero na Europa.

A moderna Feira de Rho, na periferia de Milão, abriu as portas para o tradicional evento "Artesão em Feira". Um do setor da moda, dois de gastronomia e um do ramo da construção civil formam as quatro pilastras suíças num mosaico de três mil expositores, de 110 nações, tendo a Itália como carro-chefe.
 
A fuga dos preços caros das lojas e a queda do poder aquisitivo da população leva uma multidão aos pavilhões da feira, transformada num imenso shopping-center, templo de consumo de artigos de casa e de moda, além de degustação de pratos típicos e laboratórios e oficinas artesanais. E ninguém volta para a casa com as mãos abanando.
 
A prova disso é o portal de saída da Feira. A maioria vai embora com sacolas de plástico, bolsas e mochilas, cheias de lembrancinhas e penduricalhos no corpo. A caça ao décimo-terceiro salário já começou e não vai ser fácil. Mas segundo uma pesquisa da associação Confesercenti-Swg, 64% da população gastarão menos neste Natal.

Menos dinheiro significa maior parcimônia e controle nos gastos domésticos. E eis que 36% dos italianos irão usar a renda extra para pagar as contas da casa e da família.  E mais de um italiano em cinco pensa em cortar as despesas de fim de ano pela metade na compra dos presentes. O receio de tempos piores destina um quarto dos ganhos a uma conta de poupança.  E 20% irão para saldar as dívidas.

Ou seja, no momento de crise, o italiano joga na defesa, como no futebol. Mas ele não resiste à cultura de ser um grande apreciador da culinária. E dos cinco bilhões de euros previstos para as compras das festas, 83% irão para a aquisição de bens alimentares.

E eis que entram em campo os queijos suíços. Romano Conte, da Suíça Queijo na Itália, o órgão oficial de marketing do produto, explica para a swissinfo: "Estes são produtos muito válidos, dos quais as pessoas apreciam o valor da qualidade artesanal.

Estou convencido de que a qualidade vale mais do que a quantidade, e o italiano desembolsa por ela". Os preços dos queijos do vendedor suíço iam de cinco a vinte euros. 

Já os do cervejeiro artesanal Damino Lance, da Bad Attitude Craft Beer, de Stabio, no cantão Ticino eram mais baixos. Ele oferecia as diferentes opções com preços entre três a nove euros. A audácia de vender cerveja na terra do vinho por excelência custa caro ao empresário. "Reconheço que o período é difícil. Eu esperava vender cerca de sete mil euros na Feira, mas pelos meus cálculos deverei chegar a pouco mais da metade. Mas, tudo bem. Tenho também o ganho indireto de visibilidade. O lugar está lotado", diz ele para a swissinfo.

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