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Homem que atirou no Papa João Paulo II deixará a prisão e deve ser mudar para a Itália

Mehmet Ali Agca, o atirador que tentou matar o Papa João Paulo II, será libertado da prisão na qual cumpre pena na Turquia por outro crime, informa o jornal "Times".

 

O homem planeja visitar a tumba do pontífice logo após deixar o centro de detenção, em 18 de janeiro.

 

Ali Agca, que é turco, ficará em liberdade após ter cumprido pena de prisão pelo assassinato de um jornalista, antes de disparar duas vezes contra o Papa, enquanto o pontífice atravessava a Praça de São Pedro do Vaticano, rodeado de fiéis, ferindo-o com gravidade, em 13 de maio de 1981.

 

Há rumores de que Ali Agca pretenda se mudar para a Itália depois de ser solto. Ele recebeu indulto do presidente Carlo Azeglio Ciampi em 2000 e foi deportado para a Turquia, onde foi imediatamente preso e encarcerado pelo assassinato de Abdi Ipekci, editor do jornal turco "Milliyet", dois anos antes de atacar o Papa.

 

O turco não teria problemas para estabelecer residência na Itália, pois após ser condenado à prisão perpétua em julho de 1981 pelo atentado contra o Papa e de ser perdoado pelo próprio pontífice em 2000, o governo italiano o perdoou.

 

O jornal italiano "Il Messaggero" afirmou que a libertação pode gerar polêmica, pois Agca que quer viver fora de seu país e porque uma televisão americana teria oferecido US$ 2 milhões a ele em troca de uma entrevista exclusiva. A possibilidade de receber o dinheiro fez com que o líder do partido governista Povo da Liberdade (PDL) no Senado italiano, Maurizio Gasparri, tenha afirmado que, caso confirmada, a oferta seria "uma degeneração dos sistemas de informação".

 

– É uma vergonha enaltecer um criminoso dessa forma. Terroristas e assassinos devem ficar em silêncio e não ser tornar estrelas – disse Gasparri.

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