O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, defendeu a assinatura do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, mas pediu mudanças no capítulo sobre agricultura.
Em fórum organizado pela Coldiretti, principal associação de agricultores do país, o chanceler destacou que o tratado de livre comércio será “vantajoso para a economia italiana”.
“Mas há pontos que, para nós, não são bons, sobretudo no que diz respeito à agricultura”, declarou Tajani, sem entrar em detalhes. “É preciso negociar para resolver esses pontos. Não somos contrários em princípio”, disse.
O ministro ainda acrescentou que a Itália pedirá à Comissão Europeia, poder Executivo da UE, que encontre “soluções justas e equilibradas”. “Quero ser otimista”, garantiu.
Negociadores do Mercosul e da União Europeia se reuniram em Brasília para tentar desatar os últimos nós e possivelmente permitir o anúncio de um acordo na cúpula de líderes do bloco sul-americano no Uruguai, em 5 e 6 de dezembro.
Agricultores da UE acusam produtores do Mercosul de não respeitarem os mesmos padrões trabalhistas, sanitários e ambientais exigidos na Europa, postura que, na América do Sul, é vista como protecionismo.