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CONDENADO NA ITÁLIA: Ex-namorado de Amanda Knox garante que não quis fugir

"Como me sinto? Gostaria que os outros se colocassem no meu lugar." O dia realmente não foi fácil para o italiano Raffaele Sollecito, ex-namorado da norte-americana Amanda Knox. Ambos foram condenados novamente pelo assassinato da estudante britânica Meredith Kercher em novembro 2007 na cidade de Perugia (Itália). O jovem engenheiro de 29 anos conversou brevemente com a agência de notícias ANSA e confessou que estava na Áustria quando soube da sentença.

"Como homem livre, eu podia ir para onde quiser. Depois fiquei sabendo da condenação e voltei à Itália na mesma hora", declarou ele, que não quis comentar o veredicto. "Eu nunca pensei de fugir, ainda mais agora", acrescentou. Sollecito foi considerado um dos responsáveis pela morte de Meredith, cujo corpo foi encontrado degolado, seminu e repleto de feridas no apartamento que ela dividia com Amanda. O italiano terá que cumprir 25 anos de prisão pelo crime, enquanto a norte-americana, com quem ele tinha um relacionamento amoroso na época, pegou 28 anos e seis meses de cadeia.

Luca Maori, advogado do engenheiro, que reside na região da Puglia, sul da Itália, disse que seu cliente foi para o norte apenas com o objetivo de visitar a namorada, já que estava "estressado" por conta do processo. "Ele nunca pensou em fuga, e entregou seu passaporte espontaneamente", salientou.

Já Amanda deu uma entrevista ao canal norte-americano ABC e, em lágrimas, afirmou que ser condenada novamente foi como ser "atropelada por um trem". "Não posso acreditar no que está acontecendo, é uma coisa horrível. Agora eu preciso da ajuda de todos" declarou ela, que apareceu com um novo visual, com cabelos mais curtos. A jovem de 26 anos também contou que, por meio de seus advogados, enviou uma carta para a família de Meredith. "Desejo o melhor para eles." Na noite de quinta-feira, a Corte de Apelo de Florença condenou Amanda Knox e Raffaele Sollecito pelo homicídio da britânica.

Ela foi morta no começo de novembro de 2007 em meio a discussões com sua ex-companheira de apartamento e jogos sexuais que fugiram do controle. O ex-casal chegou a ser sentenciado em 2007 e ambos ficaram quatro anos presos na Itália. Em 2011, os dois foram absolvidos após ser constatado que houve uma série de falhas nas perícias. O marfinense Rudy Guede, que morava com as jovens, pegou 16 anos de prisão pelo mesmo crime.

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