Notícias

Itália e 24 países pedem fim da guerra em Gaza em declaração

A Itália e outros 24 países, além da União Europeia, assinaram uma declaração conjunta para pedir o fim da guerra na Faixa de Gaza, ao mesmo tempo em que condenaram as partes envolvidas no confronto e defenderam a população civil palestina.

“Nós, com as assinaturas listadas a seguir, nos unimos em uma mensagem simples e urgente: a guerra em Gaza deve acabar agora”, diz comunicado firmado pelo ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani, e por seus homólogos dos seguintes países: Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Islândia, Irlanda, Japão, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Portugal, Eslovênia, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido.

O comunicado também foi assinado pela comissária da União Europeia para a Igualdade, Preparação e Gestão de Crises, Hadja Lahbib.

“O sofrimento da população civil em Gaza atingiu níveis sem precedentes.

O modelo de distribuição de ajuda do governo israelense é perigoso, alimenta a instabilidade e priva os moradores do enclave de sua dignidade humana”, acrescenta a nota, que condena ainda “a distribuição desordenada de ajuda e o assassinato desumano de civis, incluindo crianças, que tentam atender às suas necessidades mais básicas, como água e comida”.

A declaração conjunta destaca ser “horrível que mais de 800 palestinos tenham sido mortos enquanto buscavam ajuda” e que “a recusa do governo israelense em fornecer assistência humanitária essencial à população civil é inaceitável”.

Ao mesmo tempo, o texto também critica o Hamas, que insiste em manter “cruelmente” prisioneiros desde o primeiro dia da guerra, em 7 de outubro de 2023, os quais “continuam a sofrer de forma terrível”.

“Condenamos a detenção contínua [dos reféns] e pedimos sua libertação imediata e incondicional. Um cessar-fogo negociado oferece a melhor esperança de trazê-los de volta e pôr fim à agonia de suas famílias”, prossegue o apelo.

Os 25 países e a UE insistem a Israel para que “suspenda imediatamente as restrições ao fluxo de ajuda e permita com urgência que as Nações Unidas e as ONGs humanitárias realizem seu trabalho de salvar vidas com segurança e eficácia”.

“Apelamos a todas as partes para que protejam os civis e respeitem suas obrigações sob o direito internacional humanitário”, reforça o documento, que também condena a proposta israelense de transferir a população palestina para uma “cidade humanitária”.

“O deslocamento forçado permanente é uma violação do direito internacional humanitário. Nos opomos com força a qualquer iniciativa que vise alterar o território ou a demografia dos Territórios Palestinos Ocupados”, afirmam os países e a UE, justificando que “o plano de assentamento E1 anunciado pela Administração Civil israelense, se implementado, dividiria o Estado Palestino em dois e minaria a solução de dois Estados”.

“Enquanto isso, a construção de assentamentos em toda a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, se acelerou, ao mesmo tempo que a violência dos colonos contra os palestinos disparou. Isso precisa acabar”, conclui a declaração internacional.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios