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Itália é denunciada por venda de armas ao Egito

Os pais do pesquisador italiano Giulio Regeni, sequestrado, torturado e assassinado no Egito no início de 2016, anunciaram que apresentaram uma denúncia contra o governo da Itália pela venda de armas para as autoridades egípcias.

A medida foi revelada por Paola e Claudio Regeni, durante transmissão ao vivo. “Juntamente com nosso advogado preparamos uma denúncia contra o governo italiano por violação da lei 185/90, que proíbe a exportação de armas para países cujos governos são responsáveis por graves violações de direitos humanos apuradas pelos órgãos competentes do UE, ONU e Conselho da Europa”, afirmaram.

Segundo o casal, o governo egípcio está certamente entre aqueles que cometeram estas violações. A ação foi elaborada por Alessandra Bellerini, advogada dos pais do pesquisador morto em 2016.

Durante a live, os pais de Regeni também reiteraram o pedido de retirada do embaixador italiano no Egito após a promotoria egípcia encerrar oficialmente sua investigação sobre o assassinato, rejeitando as conclusões dos promotores italianos que acusaram quatro funcionários de cometer o crime.

A promotoria pública do Cairo pediu que as acusações sobre os oficiais fossem excluídas dos documentos do caso. As autoridades egípcias negaram qualquer envolvimento no assassinato de Regeni.

“Pedimos isso como um ato forte. É importante que a Itália dê o exemplo. Pedimos também que o Ministério Público não seja insultado, pedimos firmeza. Devemos reagir, caso contrário nossos filhos que vão ao redor do mundo não estarão mais seguro”, alertaram Paola e Claudio.

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