O premier italiano, Silvio Berlusconi, garantiu que tentará interceder a fim de convencer seu homólogo israelense, Benjamin Netanyahu, a estender a moratória que impede assentamentos judeus na Cisjordânia, que expira neste domingo.
De acordo com o primeiro-ministro da nação europeia, que está em visita ao Egito, o impedimento às construções de novas colônias "deveria ser prolongado até o final do ano, por um período de três meses".
A eventual não renovação da medida pode prejudicar os diálogos diretos de paz retomados há algumas semanas entre Israel e Palestina por intermédio do governo norte-americano.
"Procurarei interferir junto aos amigos israelenses e aos meus colegas da UE para que se produza um esforço para convencer Netanyahu a conceder a moratória nas construções", explicou Berlusconi em uma declaração conjunta ao lado do presidente egípcio, Hosni Mubarak.
O mandatário anfitrião, por sua vez, declarou que é preciso que Israel coloque em ação "procedimentos para construir as condições" que consentirão nas negociações israelenses e palestinas, "inclusive o prolongamento da moratória sobre os assentamentos hebraicos que está por expirar".
Hoje, durante a 65ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu a criação de um Estado palestino e pediu a prorrogação do impedimento.
O discurso do mandatário havia sido antecipado pela Casa Branca durante a manhã, e a delegação israelense esteve ausente durante o pronunciamento em Nova York, conforme perceberam os correspondentes da ANSA. O governo do país judeu, porém, negou qualquer boicote à fala de Obama.