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Itália faz reunião de segurança após atentado em Berlim

O primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, organizou uma reunião de segurança com aliados do governo e representantes da oposição para discutir medidas antiterroristas, após o atentado contra um mercado de Natal em Berlim que deixou 12 mortos e 48 feridos. "O governo não ignora os riscos e está focado em garantir a segurança", disse o premier, ressaltando que "o mundo está hoje sob ataque, ameaçado". Mas Gentiloni garantiu que, apesar das circunstâncias, os países não podem se fechar. "Nós gostamos de um mundo aberto à comunicação, ao transporte e às viagens", comentou. Já o ministro das Relações Exteriores da Itália, Angelino Alfano, admitiu que "não existe risco zero" de atentado terrorista, mas que o governo sempre manteve o alerta de segurança "altíssimo". "Até hoje, os nossos sistemas antiterrorismo deram uma extraordinária prova de eficiência", comentou o chanceler, ao se reunir em Paris com seu homólogo francês, Jean-Marc Ayrault.   

A Itália já realizou diversas operações contra suspeitos de terrorismo nos últimos anos, após atentados em toda a Europa. O país também é alvo de ameaças do grupo extremista Estado Islâmico, que solta mensagens na web prometendo atacar o Coliseu e invadir o Vaticano, coração da Igreja Católica. As autoridades da Alemanha estão em busca de rastros do autor do atentado ao mercado de Natal em Berlim, na noite da última segunda-feira (19), quando um caminhão foi jogado contra o público e atropelou dezenas. A ação foi reivindicada pelo Estado Islâmico.   

A polícia tinha prendido um paquistanês, mas o soltou por falta de provas. Agora, o novo suspeito principal é um jovem tunisiano, que teria entre 21 e 24 anos de idade, identificado como Anis Amir. De acordo com a imprensa alemã, o jovem teria chegado ao país em julho de 2015. Mas sua entrada na Europa ocorreu pela Itália, em 2012. Ele teria sido detido pela polícia no último mês de agosto, em Friedrichshafen, na fronteira com a Suíça, por carregar um documento falso italiano. 

 

Naquela época, de acordo com o jornal "Sueddeutsche", o jovem tinha um registro de pedido de asilo na área de Kleve, na fronteira com a Holanda. "Ele já deveria ser conhecido pela polícia, porque usou 12 nomes falsos, entre eles de um egípcio", criticou o jornal. Três italianos que estavam entre os feridos no atentado de Berlim receberam alta médica e voltaram para a Itália. Mas ainda há uma jovem, Fabrizia, desaparecida após o ataque. As autoridades italianas tentam localizá-la entre os feridos ou vítimas. 

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