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Itália lembra 40 anos de tragédia que mudou futebol europeu

A Itália recordou as vítimas do desastre de Heysel, que deixou 39 mortos e cerca de 500 feridos em 1985, em Bruxelas, comoveu o futebol europeu e fez a Uefa a endurecer as normas de segurança nos estádios.

Há exatos 40 anos, a final da Liga dos Campeões da temporada 1984/85, entre Liverpool e Juventus, foi ofuscada por uma grande tragédia. O episódio ficou conhecido como o “Massacre de Heysel”, quando 39 pessoas, sendo a maioria torcedores da Velha Senhora, morreram em um confronto com hooligans do clube britânico em Bruxelas, na Bélgica.

As vítimas, incluindo 32 italianos, dois dos quais eram menores de idade, foram esmagadas até a morte quando torcedores do Liverpool atacaram a torcida da Juventus, causando a queda de um muro.

O vice-premiê e ministro de Infraestrutura da Itália, Matteo Salvini, lembrou da data e destacou que “40 anos após a tragédia de Heysel, nossos pensamentos estão com as 39 vítimas – 32 das quais eram italianas – daquela noite e com suas famílias”.

“A memória daquela tragédia não pode e jamais deve ser apagada. Não se pode perder a vida por uma partida de futebol”, escreveu o líder do partido ultranacionalista Liga nas redes sociais.

Hoje, a Juventus inaugurou um monumento intitulado “Rumo a outro lugar”, dedicado às vítimas, perto do Estádio Allianz, em Turim, como parte dos eventos que marcam a data.

A cerimônia reuniu diversas autoridades, como o prefeito de Turim, Stefano Lo Russo; o governador de Piemonte, Alberto Cirio; John Elkann, CEO da holding da família Agnelli Exor, que controla a Juventus; o CEO do clube, Maurizio Scanavino; e o presidente Gianluca Ferrero; além do ex-capitão da Itália e da Velha Senhora, Giorgio Chiellini; e do ex-atacante do Liverpool e da Juventus, Ian Rush.

“A dor da tragédia de Heysel ainda está viva”, afirmou o presidente da Federação Italiana de Futebol (Figc), Gabriele Gravina, enfatizando que “o que aconteceu há 40 anos em Bruxelas é uma ferida que ainda não cicatrizou na vida das famílias das vítimas e na experiência comum de toda a família do futebol europeu”.

“Que a memória e o testemunho daqueles terríveis acontecimentos sirvam de alerta perene, para que uma celebração esportiva nunca mais se torne uma ocasião de sofrimento”, concluiu.

A tragédia ocorreu no dia 29 de maio de 1985, no estádio de Heysel, na Bélgica, e matou 34 italianos, dois belgas, dois franceses e um irlandês. Centenas de pessoas ficaram feridas.

Os confrontos começaram nas arquibancadas, e muitas das vítimas morreram pisoteadas ou esmagadas por um muro. Os hooligans ingleses foram responsabilizados pelo massacre, e os clubes do país foram banidos das competições europeias por cinco anos – a única exceção foi o Liverpool, suspenso por seis. 

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