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Itália lembra primeiro aniversário do naufrágio do navio Costa Concordia

A ilha de Giglio, na Itália, lembrou o primeiro aniversário do naufrágio do cruzeiro Costa Concordia, uma tragédia que teve um saldo de 30 mortos e 2 desaparecidos e após a qual, ainda hoje, os restos do navio continuam encalhados no mesmo lugar. Várias homenagens foram realizadas na ilha, em frente à qual ocorreu o naufrágio, entre elas uma missa pelas vítimas.

A lembrança da tragédia não está isenta de polêmica devido a uma carta da companhia na qual "convida" os mais de 4.000 passageiros sobreviventes que não tinham familiares entre as vítimas a não viajar à pequena ilha italiana para respeitar a intimidade das famílias que perderam membros e evitar problemas de espaço.

E essa não é a única, pois o escritório de advogados americano John Arthur Eaves, que representa alguns dos passageiros, denunciou que a empresa Carnival, que controla a Costa Cruzeiros, sustenta que as lesões que alguns turistas sofreram foram de responsabilidade deles mesmos por seus "comportamentos negligentes", para evitar assim possíveis indenizações.

Um ano depois do naufrágio do navio, a principal preocupação para os moradores de Giglio continua sendo a presença do Costa Concordia em frente à costa, o que em um primeiro momento serviu para chamar a atenção de turistas curiosos, mas que representa uma ameaça meio ambiental e estética.

As autoridades italianas anunciaram na última terça-feira que os restos do cruzeiro serão retirados em setembro, mas em entrevista divulgada hoje pelo jornal "La Stampa", o diretor-geral da Costa Cruzeiros na Itália, Gianni Onorato, expressou seu convencimento de que a remoção do navio, de 112 mil toneladas, acontecerá antes de agosto.

O ano de 2013 deverá marcar ainda o começo do julgamento pelo naufrágio, já que a justiça italiana acelerou suas investigações nos últimos meses para fechá-las antes do último dia 31 de dezembro. No final deste mês ou no máximo em fevereiro, espera-se que os promotores formalizem sua solicitação de julgamento para alguns ou os 12 investigados, entre eles o capitão do Costa Concordia, Francesco Schettino, em liberdade condicional desde 5 de julho.

Depois dessa solicitação, será marcada a audiência preliminar, que servirá para definir quais entre os investigados, entre eles alguns diretores da Costa Cruzeiros, terá que ir a julgamento. Quem pode ser chamada como testemunha é a jovem moldávia Domnica Cemortan, que acompanhava Schettino na noite do naufrágio. O capitão, por sinal, pode ser julgado pelos crimes de homicídio múltiplo culposo e abandono do navio, além de danos ambientais.

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