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Quase metade dos italianos é contra ajudar refugiados

A última pesquisa Eurobarômetro, conduzida pelo escritório de Análise de Opinião Pública da Comissão Europeia, revelou que quase a metade dos italianos acredita que seu país não deve ajudar refugiados.   

Realizada em novembro passado, antes dos atentados de Paris, a sondagem diz que 46% dos habitantes de um dos Estados europeus mais afetados pela crise migratória são contrários a auxiliar pessoas que buscam proteção dentro de suas fronteiras.   

O número é semelhante ao registrado em países do leste da Europa, como Hungria, República Tcheca e Eslováquia, tradicionalmente mais céticos em relação aos refugiados. Segundo o diretor da Representação da Comissão Europeia na Itália, Emilio Dalmonte, o dado deve provocar "reflexões". "As imagens que chegam de Idomeni [na Grécia] não são diferentes daquelas dos deslocados de 70 anos atrás no nosso país", declarou. Durante boa parte dos séculos 19 e 20, a Itália foi uma "exportadora" de imigrantes para diversos lugares do mundo, como Estados Unidos, Canadá, Argentina e Brasil. A Hospedaria de Imigrantes do Brás, por exemplo, recebeu 700 mil italianos entre 1887 e 1978, configurando o maior movimento migratório internacional da história brasileira.   

A pesquisa Eurobarômetro também mostrou que 69% dos italianos acham que a União Europeia deve enfrentar a crise de refugiados com uma política comum, mas que 49% veem "com suspeita" os próprios cidadãos do bloco que se mudaram para seu país.   

Apenas em 2016, quase 10 mil solicitantes de refúgio entraram na Itália pelo mar Mediterrâneo, enquanto outros 97 morreram tentando. (Fonte: Ansa)

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