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Itália não sediará cúpula entre Putin e Trump por russofobia, diz Moscou

O governo de Moscou disse que a Itália poderia sediar a cúpula entre o presidente Vladimir Putin e seu homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre um possível cessar-fogo na guerra na Ucrânia, mas perdeu a oportunidade histórica por ser “russofóbica”.

A declaração foi dada pelo embaixador russo na Itália, Alexei Paramonov, em uma publicação no Telegram, um dia após Trump anunciar que se reunirá com o líder do Kremlin no próximo dia 15 de agosto, no Alasca.

“A Itália tinha todas as credenciais para sediar a cúpula entre Vladimir Putin e Donald Trump. Mas perdeu a chance de alcançar esse sucesso diplomático histórico e inquestionável devido à russofobia da classe dominante, um apoio irracional e generalizado à Ucrânia e uma recusa total ao diálogo”, declarou o diplomata.

Segundo Paramonov, a Itália tinha “todas as condições” para receber o encontro, incluindo “experiência na organização de eventos multilaterais e bilaterais muito importantes”.

Entre as iniciativas, o embaixador russo relembrou “as inúmeras visitas de Putin à Itália, começando com a crucial cúpula de agosto de 2003 na Sardenha”, com o então primeiro-ministro Silvio Berlusconi (1936-2023), e “a visita de Estado a Roma em julho de 2019”.

“Além disso, a conversa entre o presidente russo e Sergio Mattarella foi muito cordial na época”, acrescentou Paramonov, que também publicou uma fotografia de Putin e Berlusconi na Sardenha e o aperto de mão entre o líder do Kremlin e o presidente italiano.

No texto, o diplomata então pergunta: “Por que não foi possível sediar a cúpula russo-americana em Roma? O que impediu Roma de alcançar um sucesso diplomático histórico e inquestionável, um sucesso que poderia facilmente ter dado à Itália um papel de liderança na política internacional?”.

Em resposta, ele afirma que “a causa é a russofobia habitual da classe dominante, a miopia política generalizada e uma linha de política externa unilateral e prejudicial que, a partir do governo de Mario Draghi, em contraste com a tradição diplomática italiana, consolidou uma postura hostil em relação a Moscou”.

Paramonov cita o “insensato apoio total à Ucrânia e uma rejeição total ao diálogo”. Nesse sentido, ele publicou uma montagem com uma foto da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, com Putin acompanhada da legenda: “Diálogo imaginário, política fantasiosa”.  

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