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Governo Italiano libera 17,8 bilhões de euros para obras de infraestrutura

O Comitê Interministerial de Programação Econômica (Cipe) da Itália aprovou um orçamento de 17,8 bilhões de euros para ser utilizado em obras de infraestrutura, disseram fontes governamentais.

O Cipe, organismo que elabora as orientações de política econômica nacional, estabeleceu que 1,2 bilhão de euros do valor total aprovado deverá ser utilizado para construir escolas e prisões.

Do mesmo modo, o Cipe destinou 1,3 milhão de euros do total às obras iniciais da ponte sobre o Estreito de Messina, entre a ponta sudoeste da parte continental da Itália e a ponta nordeste da ilha da Sicília. O custo previsto desta ponte é estimado em 6,1 bilhões de euros. Entre os projetos selecionados para serem financiados com este orçamento está também o da rodovia entre Salerno e Reggio Calabria, no sul do país, ao qual serão destinados 2 bilhões de euros.

A ponte sobre o estreito, por sua vez, é um projeto estratégico do governo, criticado pelos que sustentam que será uma obra faraônica, construída em uma zona sísmica e de forte presença da máfia.

A construção da ponte está prevista para ter início em 2010 e a construtora italiana Impregilo é quem encabeça o consórcio que irá conduzir o projeto.

Com seus 3,6 quilômetros, ela será a ponte mais larga do mundo, com seis pistas para carros e duas linhas férreas.

Sua construção é um projeto que remonta ao século XIX, mas que
somente durante o governo anterior do premier Silvio Berlusconi (2001-2006) teve seu projeto entregue à Impregilo. Em seguida, o governo de Romano Prodi (2006-2008) congelou o projeto, por não considerá-lo uma obra prioritária.

Belrusconi, durante uma coletiva de imprensa após a reunião governamental que aprovou o programa de grandes obras, manifestou seu otimismo frente à crise econômica global, e sustentou que a imprensa exagera definindo-a como "trágica".

"A crise existe, é real, mas não trágica. O fato de que a imprensa segue descrevendo-a como algo terrível, vai contra o interesse de todos", ressaltou.

Na Europa, "ninguém fez mais que nós frente à crise', afirmou o primeiro-ministro. Os governos europeus interviram antes de tudo para "salvar os bancos, mas não para sustentar a economia", continuou.

Em 2008 o Produto Interno Bruto (PIB) italiano se contraiu 1%, segundo o Instituto Italiano de Estatísticas, o pior resultado desde 1975. O Banco da Itália anunciou que prevê uma contração de 2,6% do PIB em 2009.

O Banco Central Europeu, por sua vezm disse na quinta-feira que espera uma queda do PIB na zona do euro de entre 3,2% e 2,2%.

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