Ex-editor do jornal italiano Avanti, Valter Lavitola foi detido pela Divisão de Investigações Gerais e Operações Especiais (Digos) de Nápoles, a qual executou uma ordem de prisão sob acusação de tentativa de extorsão contra a construtora italiana Impregilo.
A investigação do caso está sendo conduzida pelo procurador-adjunto de Nápoles, Francesco Greco. A extorsão se refere à promessa da empresa Impregilo de construir um hospital no Panamá, em troca da concessão do contrato para as obras do metrô na Cidade do Panamá, que já foi entregue a uma outra empresa estrangeira. Segundo os investigadores, Lavitola teria feito pressão sobre a Impregilo, por um lado, e sobre o presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, de outro, para ganhar dinheiro com a negociação. Em declarações à Justiça, o empreendedor Angelo Capriotti disse que Lavitola, durante uma viagem ao Panamá, "contratou prostitutas, assim como tinha feito uma vez no Brasil, para Berlusconi". Posteriormente, Lavitola filmou os encontros e usava os vídeos como ameaças. A Digos, porém, deixou claro que Berlusconi não sabia das atividades de Lavitola nesse caso e que seu nome era usado apenas como "vetor inconsciente".
Foi marcado para a próxima segunda-feira o interrogatório de Lavitola sobre o caso de extorsão. À Justiça italiana Lavitola já respondeu por crimes de corrupção internacional e extorsão contra Berlusconi. Ele foi condenado a 1 anos e quatro meses de prisão.
