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Premiê da Itália celebra lei sobre massacres da antiga Iugoslávia

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, destacou a celebração do 20º aniversário da lei que estabeleceu o “Dia da Memória” que recorda o Massacre das Foibe, um dos episódios mais trágicos relacionados à participação do país na Segunda Guerra Mundial.

O triste marco na história da nação europeia aconteceu em 1947, dois anos após o fim da 2ª GM.

Neste período, a ex-Iugoslávia queria anexar a região italiana do Friulli Venezia Giulia, no extremo nordeste do país, e todos aqueles que se opunham a isso eram assassinados pelo Exército do marechal Josip Broz Tito, o então premiê da nação eslava.

Os opositores eram jogados em buracos formados naturalmente pela ação da água no solo, que eram

chamados “foibe” pelos moradores da região, daí o nome do massacre. Inicialmente, as vítimas eram fascistas e anti-comunistas, no entanto, não demorou muito para que civis comuns italianos também fossem executados.

A tragédia deixou entre 5 mil e 17 mil italianos mortos.

Como resultado destes crimes, através da Lei 92 de 2004, o Parlamento italiano aprovou por ampla maioria a comemoração no dia 10 de fevereiro de cada ano do “Dia da Memória” em homenagem às vítimas das “Foibe” e aos refugiados.

Para a premiê italiana, é “uma lei que marca um marco, que permitiu que fossem escritas páginas de história que nunca haviam sido escritas e que quebrou aquela conspiração de silêncio que, durante décadas, envolveu a tragédia das ‘Foibe’ e o drama do êxodo no esquecimento e na indiferença”.

“Graças a esta lei, que o Parlamento reforçou recentemente, a memória desta tragédia tornou-se patrimônio de todos e tornou inútil qualquer tentativa de negar” ou justificar o sucedido”, acrescentou.

Segundo ela, “hoje é um aniversário nacional que o governo tem homenageado com diversas iniciativas”, sendo duas particularmente importantes: a aprovação no Conselho de Ministros do projeto de lei para a criação do Museu Nacional da Memória em Roma e do “Comboio da Memória”, um trem histórico semelhante ao que acompanhou, no pós-guerra, exilados de diversos campos de refugiados de guerra na Itália, e que de 10 a 27 de fevereiro viajou de Norte a Sul.

“O caminho da memória continua para que a memória do que aconteceu nunca se desapareça e se perpetue ao longo do tempo”, concluiu Meloni.

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