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Itália registra 4 casos de feminicídio em 24 horas

A Itália registrou quatro casos de feminicídio em apenas 24 horas, reacendendo a preocupação em relação à violência contra as mulheres no país.   

No primeiro, Donata De Bello, 48 anos, foi morta a facadas pelo namorado, Marco Basile, de 32, em Bari, no sul da península, durante uma discussão.   

Depois, em Dragoni, também na Itália meridional, Maria Tino, 49, faleceu ao ser baleada três vezes pelo ex-marido, Massimo Bianchi, 61, de quem tentava se separar – um ano atrás, ela havia sobrevivido a 25 facadas do agressor.   

Um operário de 56 anos esfaqueou e assassinou a ex-esposa, uma romena de 42. O homicídio ocorreu em Montepulciano, na Toscana, norte do país, na véspera da audiência que confirmaria o divórcio.   

Na capital Roma, um idoso de 79 anos, Luigi Biasini, sufocou sua mulher, Mirella Fiaccarini, de 81, com uma sacola plástica e depois se atirou do quinto andar de um prédio. Ambos estavam doentes e morreram.   

Além disso, também nesta sexta, o jovem Riccardo Madau, 25, espancou a namorada, Manuela Picci, 26, durante uma briga em Cagliari, na Sardenha. Acreditando que ela tinha morrido, o rapaz se jogou de um viaduto e faleceu. No entanto Picci continua viva, embora esteja internada em coma induzido.   

Para completar um cenário de horror que causou indignação por toda a Itália, um homem de 54 anos e dono de centros de estética foi preso em Monza, acusado de abusar de quatro estagiárias menores de idade.   

Em 2016, o país havia registrado 120 casos de feminicídio, ou seja, um a cada três dias. Nos primeiros cinco meses de 2017, esse número foi de 29, o que indicava uma redução, mas os episódios ocorridos entre quinta e sexta-feira reacenderam a preocupação das autoridades.   

“Em menos de 48 horas, quatro mulheres assassinadas e uma em fim de vida pelas mãos de seus companheiros. Homens, estejam conosco para interromper esse horror”, escreveu no Twitter a presidente da Câmara dos Deputados da Itália, Laura Boldrini.   

Nos últimos 10 anos, 1,7 mil mulheres foram assassinadas no país, sendo que 1,25 mil foram vítimas de “crimes em família”.   

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (Istat), 31,5% das habitantes da Itália dizem ter sofrido “violência física ou sexual” de um homem ao longo de suas vidas.

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