Uma embarcação com cerca de 30 cadáveres a bordo foi socorrida pelas autoridades marítimas da Itália, no Canal da Sicília.
De acordo com informações preliminares, o barco tinha aproximadamente 590 passageiros, a maioria imigrantes africanos que tentavam chegar à Europa.
As 30 pessoas teriam morrido asfixiadas ou afogadas, segundo médicos que participaram das operações de socorro.
O navio pesqueiro foi reboado. O prefeito local, Luigi Ammatuna, fez um apelo, dizendo que as autoridades municipais não são capazes de enfrentar sozinhas a situação.
Este não é o primeiro acidente envolvendo imigrantes que tentam chegar à Europa através da costa italiana. Diariamente, embarcações são resgatas em ilhas e praias do sul do país, principalmente em Lampedusa. No ano passado, um naufrágio causou mais de 300 mortos e abalou a Itália.
Segundo estimativas, desde o início do ano, mais de 60 mil pessoas foram resgatadas no Canal da Sicília. Nesse fluxo, o número de imigrantes socorridos deve bater o recorde de 2011, quando foram registrados 63 mil resgates.
O governo italiano, assim como o papa Francisco, faz frequentes apelos para que a comunidade européia ajude Roma a lidar com o problema. Eleito na semana passada como novo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker declarou que está analisando a possibilidade de criar um comissariado especial para tratar o tema da imigração. "A questão será discutida após 16 de julho", declarou Juncker, referindo-se à data em que será formalmente empossado.