
O ativista italiano a bordo da Flotilha Global Sumid (GSF, na sigla em inglês), organizada pela sociedade civil para levar ajuda humanitária à população da Faixa de Gaza, relatou o ataque deflagrado contra a embarcação, na costa da Tunísia, e disse que as autoridades locais limparam tudo.
“Ouvimos um barulho de hélice e, em seguida, houve uma explosão.
Acredita-se que o alvo tenha sido um tanque de diesel. Autoridades tunisianas abordaram o navio”, contou Tony La Piccirella, convidado de programa no canal TG24.
Segundo o ativista, na confusão, todos pensaram que “estavam realizando vistorias, mas a área afetada foi completamente limpa”. “Tanto que o governo tunisiano negou o incidente, apesar de termos inúmeros vídeos”, acrescentou La Piccirella.
O membro da Flotilha enfatizou ainda que a declaração do governo da premiê italiana, Giorgia Meloni, “de que protegerá os cidadãos italianos não parece suficiente”.
Para La Piccirella, “a missão em si deveria ser iniciada pelo governo italiano”. Desta forma, ele nem estaria lá se a administração italiana “estivesse empenhada em fornecer o apoio adequado ao povo palestino”.
“Alimentos para Gaza foram distribuídos de forma muito perigosa; houve mortes por esmagamento e afogamento em lançamentos aéreos. É um movimento político dizer que a Itália está fazendo algo, mas não é absolutamente verdade. É propensa aos ditames de Israel aos ditames de Israel”, concluiu.
O comboio que reúne representantes de 44 países pretende zarpar da Tunísia para se juntar a outros barcos com destino a Gaza. O objetivo é furar o bloqueio imposto por Israel ao enclave palestino, onde a fome disseminada ameaça 100% da população.