O chefe do departamento de operações de paz da ONU, Alain Leroy, confirmou a morte do italiano Guido Galli, funcionário que estava sob os escombros da sede da instituição na capital do Haiti, Porto Príncipe, que desabou devido ao forte terremoto que atingiu o país na semana passada.
O italiano, de 45 anos, era agrônomo e natural de Florença. Sua morte foi informada por meio de uma carta publicada por Leroy e por sua vice, Susana Malcorra, no site da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah). A notícia foi confirmada pela Farnesina, a Chancelaria italiana.
A nota do chefe de missões de paz também comunicou as mortes do nigerino Karimou Ide, da chilena Andrea Loi Valenzuela, da norte-americana Lisa Mbele-Mbong, do britânico Frederick Wooldridge e do canadense Guillaume Siemienski, todos funcionários da ONU.
O comunicado diz ainda que "os esforços de busca" dos corpos que estão sob os escombros da sede da instituição, instalada no Hotel Christopher, "estão prosseguindo".
Ao saber da morte de Galli, o prefeito de Florença, Matteo Renzi, assegurou "o empenho [da prefeitura] em honrar a memória de um florentino que lutou pelo ideal de paz e de democracia". O político definiu o funcionário da ONU como um homem "corajoso, que dedicou a vida a trabalhar pelos outros".
Além de Galli, a italiana Cecilia Corneo, de 39 anos, ainda não foi encontrada. Ela também é funcionária da ONU e acredita-se que esteja sob os escombros do edifício da entidade.
Segundo a Chancelaria italiana, há outros sete cidadãos do país desaparecidos no Haiti. O terremoto da última terça-feira, de 7 graus na escala Richter, foi o mais forte dos últimos 200 anos a atingir a região.
Embora não haja um número oficial de vítimas, o governo local fala em 200 mil pessoas que teriam perdido a vida. Cerca de 70 mil corpos já foram enterrados em valas comuns.
