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Italianos estão cada vez mais sedentários e comendo mal

Os italianos fazem pouca atividade física, comem poucas frutas e verduras e quatro em cada 10 estão acima do peso. Esse é o perfil da saúde da população divulgado pelo Instituto Superior de Saúde (ISS), órgão ligado ao governo do país.

Para chegar à conclusão, pela primeira vez, o ISS uniu os dois estudos de monitoramento coordenados por eles, o Progressos das Agências Sanitárias para a Saúde na Itália (Passi) na população de 18 a 69 anos e o específico para pessoas acima de 65 anos (Passi d’Argento).

Os dados analisados foram coletados entre 2016 e 2019 e mostram um cenário preocupante. Um em cada 10 italianos consome a quantidade recomendada de frutas e verduras – cinco ou mais porções diárias – sendo que cinco em cada 10 dizem consumir de uma a duas porções por dia. Entre as pessoas com mais de 65 anos, o consumo médio diário de frutas e verduras é de uma ou duas porções para 43% e de até três porções para 55%.

Além disso, cruzando os dados de altura x peso, quatro em cada 10 estão com acima do peso, sendo que três têm sobrepeso e um é obeso. Na faixa acima de 65 anos, 44% tem sobrepeso e 14% é obeso. No entanto, depois dos 75, esse índice cai bastante por conta das fragilidades da idade.

Um em cada quatro italianos entre 18 e 69 anos informou que é fumante, sendo que esse percentual vai diminuindo conforme a idade avança, caindo para 10% entre os que tem mais de 65 anos.

A maior cota de fumantes está no centro-sul do país, em particular na Úmbria, Lazio, Sicília e Abruzzo.

Já no consumo de álcool, menos da metade dos adultos entre 18 e 69 anos informou que não bebe nenhum tipo de bebida alcoólica, mas um em cada seis informa que consome na faixa de “maior risco” seja pela saúde, pela quantidade ou modalidade. Cerca de 34% dos que estão nessa zona de risco são jovens entre 18 e 24 anos e o consumo é maior no norte da Itália, com uma tendência de aumento constante no período analisado. O destaque do ISS ficou para as províncias autônomas de Bolzano e Trento, para Friuli Veneza Giulia e Vêneto, onde se registram os maiores percentuais.

O sedentarismo é mais frequente conforme a idade avança, especialmente, entre as mulheres e entre as pessoas com um baixo status econômico ou baixo nível de instrução. O valor passa de 50% da população em alguns locais, como Basilicata (58,3%) e Campânia (52,3%).

Em números, 31,1% dos italianos se dizem ativos – fazem 30 minutos de atividade física moderada em cinco dias da semana ou 20 minutos de atividade intensa por três dias -, 33,8% se dizem parcialmente ativos e 35% se reconhecem como sedentários. Para analisar os idosos, o Passi d’Argento usou como referência métodos internacionais para o cálculo, considerando pequenos ofícios – como cuidar da casa, cuidar da horta ou do jardim ou fazer pequenos reparos na casa – na contagem, não apenas a atividade física.

Assim, entre eles, mais da metade deles falaram que fazem passeios fora de casa ou cuidam da casa, e 61% afirmaram que fizeram uma caminhada a pé ou um passeio de bicicleta uma semana antes da pesquisa.

O estudo mostrou que 11% deles também tem alguma dificuldade de locomoção por problema físico e que apenas um em cada 10 fazem reabilitação corretamente.

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