A jovem marroquina Karima el-Mahroug, conhecida como Ruby, protestou diante ao tribunal de Milão por não ter sido ouvida no processo que acusa o ex-primeiro-ministro italianoSilvio Berlusconi de concussão e prostituição de menores.
A marroquina é um dos pivôs do processo. "Não sou prostituta, têm que me escutar. Para atingir Berlusconi a imprensa me prejudicou. Hoje entendo que está acontecendo uma guerra contra Berlusconi e eu fui envolvida, mas não quero que minha vida seja destruída", afirmou Ruby, que disse ser a parte mais prejudicada da história.
A mulher leu uma nota afirmando que os promotores milaneses queriam que ela acusasse o ex-premier, na verdade, ela falou de "uma atitude investigativa aparentemente amigável que mudou gradualmente, quando ficou claro que não acusaria Silvio Berlusconi", Rubi apontou que foi "vítima de estilo investigativo" e sofreu "violência psicológica" por parte dos magistrados.
Ruby alega que seu sofrimento foi causado pelos magistrados, que "não correspondem aos valores da justiça e me atribuíram o rótulo de prostituta, mesmo negando de haver tido relações sexuais por pagamento e, sobretudo, com Berlusconi".
A jovem marroquina se mostrou arrependida por ter mentido sua idade a Berlusconi. "Me arrependo de ter contado aquelas mentiras, mesmo para Berlusconi que, hoje estou segura, se mostrou respeitoso e teria me ajudado mesmo se tivesse contato a verdade", explicou Ruby.
O processo começou quando a marroquina contou a juízes de Milão sua participação em festas na casa de Berlusconi quando ainda 17 anos.
No processo conhecido como "Rubygate", o ex-premier é acusado de concussão e favorecimento à prostituição de menores.
