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Justiça condena agenciadores das festas de Berlusconi

Jornalista e ex-deputada pegaram de dois a quatro anos de prisão

A Corte de Cassação, instância máxima do poder Judiciário da Itália, confirmou as condenações de dois réus envolvidos nas festas com prostitutas nas residências do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

Emilio Fede, ex-diretor de um telejornal do grupo Mediaset, pertencente ao líder conservador, pegou quatro anos e sete meses de reclusão, enquanto a ex-deputada regional da Lombardia Nicole Minetti foi sentenciada a dois anos e 10 meses de cadeia.

Ambos foram condenados pelo crime de favorecimento à prostituição. Fede é tido como o responsável por apresentar Berlusconi a Karima el Mahroug, mais conhecida como “Ruby”, que teria tido relações sexuais com o ex-premier quando era menor de idade.

Segundo a acusação, o jornalista e Minetti organizavam as festas – apelidadas de “bunga-bunga” – ao lado do agenciador Lele Mora. “Fede era o garantidor das noites em Arcore [casa de Berlusconi nos arredores de Milão] e ponto de referência para tudo o que girava em torno do formato daquelas noitadas. Minetti era a ligação indispensável entre Berlusconi e as garotas destinadas a ele”, disse a procuradora Pina Casella.

O ex-premier acabou absolvido pela mesma Corte de Cassação dos crimes de prostituição de menores e abuso de poder, mas ainda responde a processos por corrupção de testemunhas, em um caso batizado pela imprensa italiana como “Ruby ter”.

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