Médicos legistas designados pela Procuradoria de Roma para esclarecer a morte do cantor italiano Pino Daniele, ocorrida no último dia 4 de janeiro, concluíram que ele faleceu por conta de uma "deterioração da sua função cardíaca".
Segundo os doutores Vittorio Fineschi, Giorgio Bolino e Giuseppe Ambrosio, essa "perda de energia no coração" provocou um edema que custou a vida do artista. No entanto, a conclusão mais importante da autópsia é que o músico não teria necessariamente sobrevivido se tivesse sido socorrido mais rapidamente, embora as chances fossem maiores.
Pino Daniele, que sofria de problemas cardíacos crônicos, tinha se sentido mal em sua vila na província toscana de Grosseto. De acordo com sua companheira, Amanda Bonini, ele pediu para ser levado de carro até seu cardiologista, em Roma, apesar da insistência da família para que o cantor se dirigisse de ambulância a um hospital mais próximo.
Contudo, a ex-esposa do artista, Fabiola Sciabbarrasi, exigiu uma autópsia por acreditar que a ideia de ir até a capital italiana não partira dele, o que provocou a abertura de um inquérito por homicídio culposo.
Considerado um dos cantores mais populares da Itália, Pino Daniele, que tinha 59 anos, foi velado em Roma e em sua cidade natal, Nápoles, em uma cerimônia para cerca de 100 mil pessoas.