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Itália é uma “democracia doente”, diz prefeito de Nápoles, Luigi De Magistris

Luigi De Magistris, o prefeito de Nápoles que foi suspenso do cargo por abuso de poder, falou com a imprensa e declarou que o país tem problemas em sua democracia. A Itália "é uma democracia doente" e "há muita estrada para evitar que ela vire um regime", disse De Magistris.

Ele ainda afirmou que está "confiante" que outros juízes possam "fazer justiça" rapidamente sobre seu caso e está convicto que sua suspensão será "breve". O prefeito aproveitou para ironizar a notificação recebida da Divisão de Investigação Geral e de Operações Especiais (Digos), dizendo que o órgaão "notficou ontem à noite o Pasquino, presidente do Conselho, que estava de pijamas. Eles estavam com medo que eu ou ele pudéssemos fugir", disse.

O napolitano aproveitou ainda para ironizar sua rápida destituição, dizendo que "graças à velocidade do caso, fui poupado do constrangimento de apertar algumas mãos", falou De Magistris ao se referir ao encontro da cúpula do Banco Central Europeu (BCE) na cidade.

O presidente da Câmara Municipal recebeu a notificação suspendendo o político que foi condenado a um ano e três meses de prisão por abuso de poder. O prefeito foi condenado junto com o técnico de informática Gioacchino Genchi por acessar, sem permissão, os registros telefônicos de parlamentares.

Além da pena em prisão, os dois deverão ficar afastados de cargos públicos por um ano. O ministro do Interior da Itália, Angelino Alfano, foi o responsável por fazer o anúncio sobre a saída de De Magistris e negou que seja necessária a convocação de novas eleições na cidade, garantindo que o vice-prefeito, Tommaso Sodano, assumirá o posto. 

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