Ministros italianos confirmaram e comemoraram a prisão do mafioso Salvatore Facchineri, detido enquanto tomava banho de mar em uma praia isolada da região da Calábria, entre Santa Domenica di Ricadi e Formicoli.
Procurado desde 25 de fevereiro, o criminoso de 36 anos era o sucessor de seu parente Luigi, que chefiava o clã da localidade de Taurianova, na província de Reggio Calabria.
O ministro italiano do Interior, Roberto Maroni, cumprimentou os responsáveis pela operação. "A prisão de Facchineri é um outro duro golpe desferido contra a 'Ndrangheta [a máfia calabresa]", enfatizou ele.
O titular da Justiça, Angelino Alfano, assinalou que as iniciativas do governo contra a máfia "não saem de férias", em alusão ao atual verão no Hemisfério Norte, e que "a atividade investigativa da magistratura e das forças da ordem não conhece pausa".
"A equipe do Estado adicionou outro elemento importante na luta contra todas as formas de crime organizado. Um sucesso pelo qual desejo parabenizar os magistrados e policiais", acrescentou.
Facchineri, considerado o principal expoente regional de seu clã, estava foragido desde quando abandonou a prisão domiciliar. Ele foi descoberto pelos policiais –que investigaram a área disfarçados de turistas – através dos movimentos de seus familiares.
Para efetuar a prisão, os agentes esperaram ontem (23) que o homem entrasse no mar, temendo que pudesse estar armado. Ele foi à praia acompanhado pela família. As pessoas que frequentavam o local e presenciaram a prisão ficaram surpresas e aplaudiram, com gritos de "bravo".
Facchineri foi condenado a 10 anos e oito meses de reclusão por impor um regime de escravidão a dois romenos, que viviam em um barraco e eram forçados a trabalhar sem serem remunerados. Ele também recebeu uma pena de seis anos e seis meses de prisão por duas tentativas de extorsão.
