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Ilha italiana de Lampedusa recebe 800 migrantes em menos de 24 horas

Mais de 800 pessoas desembarcaram em Lampedusa, ilha mais meridional da Itália, em um período de menos de 24 horas, mostrando que a crise humanitária no Mediterrâneo está longe de ser solucionada.

Somente um pesqueiro atracou em Lampedusa com 686 migrantes a bordo – as estimativas preliminares das autoridades italianas falavam em mais de 500 pessoas.

A embarcação havia partido de Zuara, na Líbia, com deslocados internacionais de países como Bangladesh e Síria, na Ásia, e Chade, Egito, Etiópia, Marrocos, Nigéria, Senegal e Sudão, na África.

Cinco migrantes foram levados a um ambulatório da ilha, enquanto o restante foi direcionado ao centro de acolhimento local, que agora abriga cerca de 1,1 mil pessoas, embora sua capacidade seja de apenas 250.

Outros cinco barcos com aproximadamente 120 migrantes atracaram em Lampedusa.

Segundo o Ministério do Interior, a Itália já recebeu 45.714 migrantes via Mediterrâneo em 2021, aumento de 94% em relação ao mesmo período do ano passado. As principais nações de origem são Tunísia (12.834), Bangladesh (5.539), Egito (4.093), Costa do Marfim (2.872) e Irã (2.351).

A crise migratória no Mediterrâneo serviu de combustível para o crescimento da extrema direita na Itália, que chegou a ter como ministro do Interior entre 2019 e 2020 o líder ultranacionalista Matteo Salvini.

Atualmente, os dois partidos de extrema direita do país (Liga, de Salvini, e Irmãos da Itália, de Giorgia Meloni) reúnem cerca de 40% das intenções de voto para as próximas eleições legislativas, previstas para 2023.

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