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Primeiro-ministro italiano Matteo Renzi responde União Europeia e diz que respeitará compromissos

Em Bruxelas (Bélgica) para uma reunião do Conselho Europeu, órgão que reúne os chefes de Estado ou governo dos países que fazem parte da União Europeia (UE), o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, reiterou que seu país cumpre todos os compromissos assumidos com o bloco econômico, incluindo aquele de manter o déficit público em, no máximo, 3% do Produto Interno Bruto (PIB).

"Nós estamos respeitando todos os limites, somos uma das nações que os respeita", garantiu o premier. A declaração é uma resposta direita ao presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, que mais cedo havia dito que é "fundamental" para manter a confiança na Itália e na Europa ficar dentro dos parâmetros estabelecidos pela UE. Existe em alguns setores o temor de que Renzi possa ultrapassar a barreira dos 3% para empurrar a economia italiana e financiar seu ambicioso pacote de reformas.

Para evitar que o medo se espalhe, o primeiro-ministro e Barroso realizaram uma reunião a portas fechadas. Após o encontro, o português afirmou que o bloco vai apoiar as iniciativas propostas pelo premier, que incluem um corte de 10 bilhões de euros (R$ 32 bilhões) no imposto de renda para pessoas que ganham até 1,5 mil euros (R$ 4,8 mil) por mês. Segundo Renzi, a perda de receita será coberta com a redução de gastos, sem o aumento de outras taxas.

Além disso, o governo italiano deve estabelecer uma diminuição de 10% no Imposto Regional sobre as Atividades Produtivas (Irap), que incide sobre as empresas. No entanto, neste caso, a medida será compensada com a elevação de 20% para 26% na taxação sobre as aplicações financeiras, com exceção dos títulos públicos. O premier também irá patrocinar um pacote de 3,5 bilhões de euros (R$ 11,2 bilhões) para melhorar a infraestrutura educacional do país.

Com essas medidas e outras que serão anunciadas nos próximos meses, Renzi espera tirar a economia da Itália da estagnação, embora muitos duvidem de que ele consiga fazer tudo isso sem elevar a dívida e o déficit.

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