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Matteo Renzi ameaça retirar apoio ao governo da Itália

Ex-primeiro-ministro cobra reabertura mais agressiva

O senador e ex-primeiro-ministro da Itália Matteo Renzi deu um ultimato ao governo e ameaçou retirar seu apoio ao premiê Giuseppe Conte se ele não acelerar o cronograma de reabertura das atividades econômicas e sociais no país.

Em discurso no Senado, Renzi disse lançar um “último apelo” a Conte e o elogiou por sua postura no início da pandemia, mas cobrou mais agressividade na chamada “fase 2” da emergência sanitária.

“[Conte] Foi bem ao tranquilizar os italianos, foi muito bem. Mas o ponto é que, na fase 2 da política, não basta jogar com o medo e a preocupação. Há uma reconstrução a ser feita e que exigirá escolhas corajosas. Dê uma olhada nos dados do Istat, ou nós não estaremos do seu lado”, declarou Renzi, que governou de 2014 a 2016 e é líder do partido de centro Itália Viva (IV).

Seu discurso faz referência aos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat) que mostram uma queda de 4,7% no produto interno bruto (PIB) nacional no primeiro trimestre, pior resultado desde o início das medições trimestrais, em 1995.

“Se [Conte] escolher o caminho do populismo, não terá o Itália Viva a seu lado”, disse Renzi, acrescentando que os italianos estão em um “estado que lembra a prisão domiciliar”. Em discurso no último fim de semana, o primeiro-ministro anunciou que prorrogará a maior parte das restrições à circulação, permitindo deslocamentos apenas dentro da própria região e por motivos de saúde, trabalho ou necessidade.

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