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CRISE MIGRATÓRIA NO MEDITERRÂNEO: Primeiro-ministro italiano Matteo Renzi condena cultura do “medo”

Principal porta de entrada para imigrantes ilegais africanos na Europa, a Itália vem presenciando nos últimos dias um debate cada vez mais acalorado sobre a crise migratória no Mediterrâneo.

Criticado pelo partido de extrema-direita Liga Norte por causa de seu plano de distribuir clandestinos por todo o país até que suas situações sejam definidas, o primeiro-ministro Matteo Renzi disse que a globalização não pode ser um pretexto para as pessoas se fecharem cada vez mais.

"No mundo de hoje, existem tantos que se cansam de criticar em vão, vivem com medo e pensam que a única solução é se trancar em casa. Não é assim", declarou o premier durante um evento na Lombardia. Ao seu lado, estava o governador da região, Roberto Maroni, um dos expoentes da Liga e que discutiu nos últimos dias com Renzi sobre os imigrantes que chegam ao país.

"Ele não se referia a mim, eu uso meu cérebro, mas infelizmente não há pior surdo do que aquele que não quer ouvir. O medo deriva de fatos concretos, não de conversa fiada. O governo deve intervir, não sei o que está esperando", declarou Maroni.

No começo da semana, o governador recomendou aos prefeitos da Lombardia que não recebessem clandestinos em suas cidades, ao que o primeiro-ministro respondeu que poderia dar incentivos às Prefeituras que ajudassem o governo a gerir a crise migratória.

Quase diariamente, embarcações clandestinas partem da costa africana, principalmente da cada vez mais instável Líbia, rumo ao sul da Europa. Frequentemente, esses barcos afundam em alto mar e causam grandes tragédias, como a do dia 3 de outubro de 2013, que fez 368 vítimas perto da ilha italiana de Lampedusa.

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