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Mesmo com repatriações, ilha italiana de Lampedusa continua vivendo “dias de inferno”

Em meio a conflitos políticos sobre as medidas de emergência para a imigração em Lampedusa, os desembarques continuam ininterruptamente e os habitantes locais optaram por agir sozinhos, sob o slogan da "resistência". Agora, depois de dias "de inferno", com desembarques e salvamentos no mar intermináveis, palavras como solidariedade, acolhimento e ajuda humanitária, estão dando lugar à raiva, à preocupação e ao medo. Na boca do povo corre que se esperará até 15 de abril e se até essa data o governo não tiver resolvido "o caso de Lampedusa", serão acionadas algumas iniciativas clamorosas, como protestos e diversas manifestações.

Imigrantes em LampedusaO pesadelo do momento, para os habitantes da ilha siciliana, tem um nome: epidemia. O risco é real, tanto que os inspetores de saúde desta região da Sicília chegam ao local para verificar as condições de higiene em todos os centros que alojaram os migrantes e proceder a inspeções nos lugares mais críticos: um destes é o morro conhecido como "da vergonha", na região portuária.

Neste local se espremem cerca de três mil tunisianos, que vivem em barracas improvisadas, entre baratas e muita imundície, enquanto que outros vivem debaixo de viadutos e os mais sortudos conseguem tomar um banho nos chuveiros do campo de esportes.

De acordo com dados oficiais da unidade de crise, desde 1º de janeiro desembarcaram na ilha cerca de 20 mil imigrantes. 

No mesmo período de 2010 chegaram 27 às Ilhas Pelágias, o arquipélago formado pelas ilhas de Lampedusa, Linosa e Lampione, no Mediterrâneo, entre as costas da Tunísia e da Sicília.

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