Notícias

MINISTÉRIO PÚBLICO DA ITÁLIA: Interrogatório do ex-presidente do Banco Monte Dei Paschi dura 3 horas

Terminou o interrogatório de Giuseppe Mussari, o ex-presidente do Banco Monte dei Paschi (MPS), que por cerca três horas esteve com os juízes titulares da investigação sobre o Antonveneta. Acompanhado por três oficiais da Polícia Financeira, Mussari foi insultado pela multidão diante do Palácio da Justiça, quando entrou e quando saiu. Ele foi chamado de ladrão e alguns chegaram a atirar-lhe moedas na cara.

O procurador de Milão Angelo Renna pediu a validação da captura e a medida cautelar de prisão para Gianluca Baldassarri, ex-responsável pelas finanças do MPS, na investigação de Siena por conspiração, fraude e obstrução ao Banco da Itália. No pedido do Ministério Público se indica que o ex-empresário já teria entrado com o pedido no Aire (cartório de registro dos italianos residentes no exterior). A solicitação de medida cautelar se baseia no perigo de fuga e supressão de provas.

Baldassarri foi preso por "sérios indícios de culpa reunidos contra ele e pelo perigo real de fuga do suspeito. Mais de € 30 mil em dinheiro vivo foram encontrados durante uma blitz. Ele também já teria pedido a dupla residência em Londres. Baldassarri pedira também a venda de títulos por um total superior ao milhão de euros, solicitação esta realizada após a apreensão de 7 de fevereiro passado e ordenada pelo MP de Siena.

Gianluca Baldassarri, ex-chefe das finanças do MPS teria ocultado documentos sobre a transação Alexandria (feita com o banco japonês Nomura, cujo contrato foi encontrado em 10 de outubro em um cofre do Monte dei Paschi) e, em particular, o contrato para reestruturar a dívida do banco. É por essa acusação, e portanto pelo crime de obstrução à supervisão do Banco de Itália, que o procurador de Milão Angelo Renna, de plantão, quando da prisão do empresário, solicitou a medida cautelar de prisão. 

O MPS, o terceiro maior banco da Itália, está no centro de uma crise financeira e política devido a uma série de problemas em contratos de derivativos, agravados por uma investigação sobre possíveis propinas e falsa contabilidade. O Banco Central italiano (Bankitalia) defendeu sua atuação no escândalo, que surgiu após o MPS comprar o rival Antonveneta por € 9 bilhões, antes da crise econômica de 2008. 

Mostrar mais

Artigos relacionados

Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios