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Ministro da Defesa da Itália comemora decisão do STF de manter Cesare Battisti preso

 O ministro da Defesa da Itália, Ignazio La Russa, comemorou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter detido o ex-ativista Cesare Battisti, que é requerido pelo Estado italiano por quatro homicídios cometidos nos anos 70. 

"Estou feliz que os juízes brasileiros e a opinião pública italiana entenderam que não é possível negar a extradição de Battisti", disse o ministro, que está "acompanhando o caso com atenção". 

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, decidiu negar o pedido de soltura de Battisti, feito pela defesa do italiano. 

Peluso também determinou que todos os pedidos relativos ao processo fossem encaminhados para o relator Gilmar Mendes, que deverá levar o assunto ao plenário do Tribunal em 2 de fevereiro, data da primeira sessão do ano. 

Atualmente preso na penitenciária da Papuda, em Brasília, Battisti se tornou pauta das relações entre Itália e Brasil em 2009, quando o então ministro da Justiça brasileiro, Tarso Genro, concedeu a ele o status de refugiado político. 

O tema voltou a ser manchete em ambas as nações, além de provocar reações de políticos no último dia 31, quando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciou pela permanência do ex-militante do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) no Brasil, contrariando parecer anterior do STF favorável à extradição.

Após a decisão de Lula, a defesa do italiano entrou com o pedido para que ele fosse solto. O governo italiano, por sua vez, apresentou um pedido de impugnação do pedido de soltura. 

Condenado à revelia por quatro homicídios cometidos na década de 1970, Battisti fugiu da Itália ainda naquela época.

Após passar por México e França, ele viajou ao Brasil em 2004, onde foi preso em 2007. O acusado alega que a sentença de condenação emitida pelos tribunais italianos foi fruto de um processo judicial manipulado.

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