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Ministro italiano discursa na COP30 e critica “ideologias”

O ministro do Meio Ambiente e da Segurança Energética da Itália, Gilberto Pichetto Fratin, participou nesta terça-feira (18) da assembleia plenária da COP30, em Belém, e defendeu que as “ideologias” sejam retiradas dos debates sobre a crise climática.

Segundo Pichetto, Roma e a União Europeia querem “continuar construindo um percurso ambicioso de redução de emissões, algo prioritário para nossa saúde, nossos territórios e nossa autonomia estratégica”.

“Para avançar nesse caminho, devemos evitar repetir abordagens ideológicas que possam prejudicar nossos sistemas econômicos e sociais. Com esse pragmatismo, estamos trabalhando para construir um consenso que atenda às necessidades de nossas comunidades”, acrescentou o ministro, ressaltando que o empenho financeiro da Itália pelo clima saltou em um ano de 838 milhões de euros para 3,44 bilhões (de R$ 5,2 bilhões para R$ 21,2 bilhões).

Pichetto também defendeu a iniciativa conjunta de Itália, Brasil, Japão e Índia para quadruplicar o uso global de biocombustíveis, “que constituem um elemento essencial para a descarbonização dos transportes” e se enquadram no princípio da “neutralidade tecnológica”, bandeira levantada por Roma.

Além disso, afirmou se inspirar pelo apelo do Brasil em prol de um “mutirão” na COP30. “Esse mutirão exige que trabalhemos juntos – governos, empresas, centros de pesquisa, instituições financeiras, associações, comunidades locais – para responder a um desafio comum e encontrar soluções que combinem ambição climática e as ações necessárias para promover a estabilidade e o crescimento por meio da competitividade”, declarou.

O ministro ainda exaltou o “Plano Mattei”, projeto lançado pelo governo italiano para estimular investimentos na África, e disse que o tema da “adaptação deve ser central” nas negociações climáticas.

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