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Moda italiana exporta “dolce vita” ao Brasil

Garantir maior espaço no imenso mercado brasileiro para o setor de moda italiano, pilar da economia nacional que, incluindo têxteis, vestuário, acessórios, calçados e óculos, movimenta aproximadamente 75 bilhões de euros (5% do PIB) e emprega mais de 1,2 milhão de trabalhadores.

Com esse objetivo, está sendo lançado no Brasil o dossiê “Exportando a Dolce Vita: Bela e Bem Feita”, uma iniciativa estruturada do Ministério das Relações Exteriores e da Agência Italiana de Comércio Exterior (ICE).

O estudo, que será apresentado em 18 de outubro no Cinemark do Shopping Iguatemi, em São Paulo, e no próximo dia 22 na Prefeitura do Rio de Janeiro, como parte do evento “Italian Fashion Days in Brazil”, destaca o enorme potencial inexplorado no mercado sul-americano para um dos setores mais dinâmicos e representativos do Made in Italy no mundo.

O relatório oferece uma visão abrangente do setor e estratégias para fortalecer sua presença na região, visando valorizar o estilo, a criatividade e a inovação como elementos distintivos da produção italiana.

Os números do dossiê demonstram a importância da moda italiana para a economia nacional.

Têxteis e vestuário geram um faturamento de 59,8 bilhões de euros, dos quais 37,6 bilhões são exportados, colocando a Itália em quarto lugar globalmente.

Acessórios de moda (calçados, artigos de couro, peles e couro curtido) movimentam 30 bilhões de euros, dos quais 25 bilhões são exportados. A Itália também lidera o mercado global de couro curtido e calçados de luxo, enquanto o setor de óculos, com 820 empresas e mais de 18,5 mil funcionários, exporta 90% de sua produção, confirmando sua posição como líder mundial no segmento de luxo.

Nesse contexto, o Brasil representa um dos mercados com maior potencial de crescimento para o setor, especialmente se o acordo UE-Mercosul for totalmente implementado. As exportações italianas para o gigante sul-americano em 2024 atingiram 77,9 milhões de euros para têxteis e vestuário (+5,2%) e 73,6 milhões para acessórios (+0,5%), dos quais 62,3 milhões foram destinados somente ao país. Já no setor de óculos, o Brasil responde por aproximadamente dois terços das exportações italianas para o Mercosul.

Nesse cenário, com as tarifas atualmente de até 35% sobre têxteis, vestuário e óculos reduzidas a zero, a conclusão bem-sucedida do pacto UE-Mercosul abre oportunidades estratégicas para aumentar a competitividade italiana. A redução de custos pode se traduzir em um aumento nos volumes de exportação para o Brasil entre 10% e 25%.

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