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Governo Putin denuncia violações contra russos na Itália

O governo de Vladimir Putin denunciou  “violações dos direitos dos cidadãos russos” que vivem na Itália e “uma campanha aberta contra a Rússia por parte da mídia italiana”.

A informação foi divulgada pela embaixada russa em Roma no seu perfil do Facebook, com trechos de um relatório do Ministério das Relações Exteriores de Moscou “sobre as violações dos direitos dos cidadãos e compatriotas russos no exterior”.

De acordo com o documento, nota-se, entre outras coisas, “o crescimento de sentimentos russofóbicos na sociedade italiana”.

“O lançamento pela Federação Russa de uma operação militar especial para desnazificar e desmilitarizar a Ucrânia e proteger a população civil de Donbass teve um impacto bastante forte na situação dos cidadãos e compatriotas russos que vivem na Itália”, diz o texto.

Segundo a embaixada de Moscou, “a rejeição e até a agressão contra os representantes da Rússia e da diáspora de língua russa vem principalmente de membros da grande comunidade ucraniana”.

O governo cita alguns casos para exemplificar a denúncia, em particular os ocorridos em 2 de março deste ano, quando o Consulado-Geral da Rússia em Gênova foi pichado com slogans antirussos, e em 11 de abril, quando um cidadão ucraniano derramou tinta vermelha na porta da frente da embaixada russa em Roma.

“As missões diplomáticas russas na Itália recebem regularmente relatórios de seus compatriotas sobre as ameaças que recebem”, acrescenta o comunicado, ressaltando que a “grande campanha lançada na Itália contra a cultura russa e seus representantes levou a uma série de incidentes desagradáveis”.

O texto lembra ainda que, em 28 de fevereiro, o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, pediu ao maestro Valery Gergiev que condenasse publicamente as ações da Rússia na Ucrânia sob a ameaça de encerrar a cooperação e, em particular, a remoção da participação na ópera ‘La de Tchaikovsky.

No entanto, não tendo recebido uma resposta do artista ao ultimato, as autoridades milanesas informaram que o Teatro alla Scala “se recusa a colaborar com o maestro russo”.

“Também é conhecida a recusa em atender cidadãos russos, incluindo funcionários de representações diplomáticas de bancos italianos individuais. Houve casos em que clientes russos foram informados da intenção dos bancos de encerrar suas contas e foram solicitados a retirar seu saldo de caixa em uma das agências”, denuncia.

O governo russo enfatizou que “abordagem parcial tem uma influência fundamental na atitude dos italianos em relação aos cidadãos russos que vivem na Itália, bem como imigrantes de língua russa da antiga União Soviética”.

“As decisões de organizações regionais italianas de interromper ou suspender a cooperação com associações parceiras russas, bem como ameaças recebidas contra as próprias associações russas e seus membros individuais também testemunham o crescimento dos sentimentos russofóbicos na sociedade italiana”, concluiu a publicação.

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