
Fiorenza de Bernardi, pioneira da aviação italiana e a primeira mulher a atuar como piloto de linha aérea no país, além de quarta no mundo, morreu aos 97 anos. A notícia foi divulgada pela associação Donne dell’Aria, que reúne mulheres ligadas ao setor e da qual ela foi cofundadora. A entidade homenageou Fiorenza afirmando que “agora ela voará livre e leve ao lado de cada uma de nós”.
Filha do renomado aviador Mario de Bernardi, Fiorenza acumulou cerca de sete mil horas de comando, além de centenas de voos e diversos pousos de emergência. Sua trajetória começou cedo: em 1951, aos 23 anos, realizou seu primeiro voo solo, consolidando uma paixão que a acompanharia por toda a vida.
O marco decisivo de sua carreira veio em janeiro de 1967, quando foi contratada pela companhia aérea Aeralpi. A partir desse momento, tornou-se a primeira mulher piloto de linha aérea na Itália, operando rotas entre Milão, Cortina e Veneza, segundo agências de notícias italianas.
Em 1969, já na Aeralpi, avançou novamente ao se tornar comandante, tornando-se a primeira mulher italiana a ocupar o assento da esquerda na cabine. Pouco depois, em 1971, realizou uma missão à Austrália, com paradas em países como Turquia, Irã, Índia, Birmânia, Tailândia, Singapura e Indonésia.
Décadas mais tarde, em 2018, ao completar 90 anos, Fiorenza recebeu uma homenagem da Força Aérea italiana, que organizou uma grande celebração no Aeroporto de Pratica di Mare, reconhecendo sua contribuição histórica para a aviação.



