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CRISE: Ministro do trabalho da Itália teme terrorismo por conta das demissões na reforma trabalhista

O ministro italiano do Trabalho, Maurizio Sacconi, disse temer que a reforma trabalhista prometida pelo seu governo à União Europeia (UE) – que inclui facilitação de demissões, possa desencadear a violência social e atos de terrorismo.

"Temo pelas pessoas que poderiam não estar protegidas, tornando-se alvo da violência política que, em nosso país, não desapareceu completamente", disse o ministro.

A este respeito, ele garantiu que a expressão "demissão fácil" é falsa, e reafirmou que o Executivo está trabalhando na "proteção dos trabalhadores", esperando que as empresas "coletivamente façam a sua parte".

Sacconi aludiu, em sua referência ao terrorismo, ao caso do assessor do governo Marco Biagi, assassinado pelo grupo terrorista Brigadas Vermelhas em 2002 em frente à sua casa, durante o confronto entre o governo e os sindicatos pela reforma do mercado de trabalho.

"Hoje vejo uma sequência de violência verbal, espontânea e organizada, que espero não chegue novamente até o assassinato, como ocorreu da última vez há 10 anos com o pobre Marco Biagi no contexto de uma discussão em muitos aspectos semelhante à atual", ponderou o ministro.

"Porque já na época não falávamos de demissões fáceis, mas de como incentivar as empresas a investir, contratar, expandir e crescer", acrescentou.

Sacconi disse ainda que na reforma trabalhista do governo os direitos dos trabalhadores serão protegidos porque, na cultura italiana, "há um hábito sólido e muito arraigado de proteger os trabalhadores, mais do que em outros países".

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